A criança em sua trajetória
humana, está vinculada a incontáveis fontes de aprendizagem e influencia. É
difícil para família e escola controlar essas fontes, porque ela se dá em
vários âmbitos: pessoal, sociocultural (inclui os meios de comunicação) e escolar.
A criança então vai adquirindo sua formação
e capacidade intelectual.
Até os 5 anos a
criança, aprende mais que toda uma vida acadêmica. É o valor dessa aprendizagem
que vai fazer com que no decorrer da vida ela tenha confiança, de ouvir a voz interior,
para que possa tomar decisões sensatas, equilibradas; para solucionar os
problemas, para seu bem estar e também aos que estão ao seu redor. Por isso a
criança tem que ser educada no caminho em que deve andar, e não deixá-la a
mercê das circunstâncias.
Enquanto mães, temos o dever de colocar na sociedade cidadãos
de valor capazes de contribuir positivamente em todos os sentidos.
Seria interessante que nós mães nos atentássemos para complexidade
dos seres humanos. Somos de uma complexidade
quase que inimaginável. Nosso corpo e
o funcionamento dele. Vou falar de um órgão, nosso fígado, processa em
torno de 1 500 substancias químicas por dia, é o maior laboratório do mundo.
Nosso tecido epitelial, também é um assombro, sem falar do cérebro que é uma
loucura, até hoje com a tecnologia a todo vapor, ainda não conseguiu desvendar
sua complexidade e mistérios. Sem falar na
complexidade dos nossos sentimentos.
Nós não surgimos no universo por um acaso. Nós fomos muito
bem planejados como todo ele. Tudo
funciona perfeitamente bem. O que tem saído dessa harmonia são as inserções do
homem causado danos irreparáveis.
Minha avó, uma sábia mulher, íntegra, bondosa, atenta as
necessidades de seus familiares, amigos, vizinhos que nunca frequentou uma escola, ( mas era alfabetizada),
me deu ensinamentos que foram valiosos para minha vida, me ensinou o caminho
que eu deveria andar. Honestidade, da
sinceridade, da bondade. Alguém disse que exemplo é a melhor forma de educar,
ela foi um exemplo vivo pra mim. Ela com todos os seus afazeres domésticos,
filhos, netos e agregados e ainda galinhas, porcos, bois, cachorros, horta,
pomar. Não parava um minuto, mas reservava um tempo pela manhã, depois do café
para ler a Bíblia com a gente. Eu
não entendia muito bem o que ela lia, mas quando fiquei adulta entendi
claramente porque aquele conhecimento foi sendo formado dentro de mim. Ela não
dava sermões, ela simplesmente tinha uma forma de viver que contagiava as pessoas.
Não era perfeita, mas a presença de seus
valores morais e espirituais eram fortes e contagiantes. Ensinou as crianças a
sua volta, com seu exemplo, o caminho que deveriam andar.




